Apagões diários preocupam moradores de Quissamã e Carapebus
Moradores de Quissamã e Carapebus estão enfrentando constantes quedas de energia em meio a um dos verões mais quentes do ano. A Concessionária Enel tem sido alvo de críticas e cobranças das Câmaras Municipais das duas cidades, que buscam soluções urgentes para o problema que afeta a população diariamente.
Em Carapebus, na Praia de Carapebus, moradores relatam que a energia falta todos os dias por volta das 19h e, quando retorna, apenas uma fase é restabelecida, normalizando apenas ao amanhecer. A situação é tão crítica que, durante uma reunião para discutir o problema, a falta de luz obrigou os moradores a utilizarem a iluminação dos celulares para preparar um abaixo-assinado.
Em Quissamã, a situação é semelhante, com relatos de interrupções que chegam a durar nove horas. Diante desse cenário, a Câmara Municipal de Quissamã, liderada pela vereadora Alexandra de Carvalho Gomes, promoveu um encontro com representantes da Enel, incluindo a Diretora de Relações Institucionais, Andreia Andrade, e membros das Diretorias de Operações do Norte Fluminense e Macaé. Durante a reunião, a empresa comprometeu-se a agir imediatamente nos bairros mais afetados, melhorar o atendimento na loja física de Quissamã e realizar um estudo com regulador de tensão para toda a cidade. Os resultados desse estudo serão apresentados na audiência pública marcada para o dia 10 de março de 2025, às 17h, no plenário da Câmara Municipal.
Já em Carapebus, a Câmara de Vereadores optou por acionar o Ministério Público após reunir assinaturas da população afetada.
Histórico de Problemas: Apagões recorrentes no Rio de Janeiro
A crise no fornecimento de energia não é exclusividade dessas cidades. Em todo o estado do Rio de Janeiro, as concessionárias Enel e Light têm sido alvo de reclamações. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) já realizou uma CPI para investigar o problema. Na época, o deputado estadual Max Lemos, hoje deputado federal, alertou que “o Rio de Janeiro está parando por falta de energia”. Com os contratos de concessão das empresas vencendo em 2026, a pressão por soluções tem aumentado.
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